Sem Sair de Casa: freelas recorrem a web por flexibilidade
A busca por flexibilidade e pela liberdade de seguir os próprios horários fez a designer Manoela Santos, 28 anos, optar pelo trabalho autônomo. Ela desempenha algumas atividades como freelancer há cinco anos, desde quando cursava a faculdade, e, para realizar os projetos com tranquilidade, decidiu fazer de sua casa o local de trabalho. Assim como Manoela, é cada vez mais comum encontrar pessoas que preferem a independência do trabalho freelancer ao emprego registrado. E, muitos recorrem a web na busca por uma oportunidade de trabalho a tempo parcial para complementar a renda ou expandir a base de clientes para o seu negócio em tempo integral.
"A preferência pelo trabalho como freela é porque me permite fazer os meus horários e, além disso, posso cobrar o quanto quero pelo meu serviço. Tenho a tranquilidade de trabalhar em casa, sem ter que cumprir horário fixo, e, com isso, acabo obtendo melhor rendimento", pontua a Manoela, que começou a trabalhar como freela após se inscrever em um site que serve como ponto de referência entre freelancers e o mercado de trabalho.
Conforme Manoela, um dos pontos negativos do trabalho como freelancer, além de não ter a segurança da carteira assinada, é a instabilidade. "As vezes é complicado porque um mês pode ser muito bom e em outros podem não aparecer trabalho nenhum. Ou seja, o negócio sem vínculo empregatício pode ter um ganho diferente a cada dia ou mês. Tem, portanto, seus ônus e bônus", destaca.
Uma pesquisa recente apontou que quase 75% dos freelancers que possuem algum tipo de emprego com vínculo empregatício formal pretendem pedir demissão e trabalhar sozinhos no futuro. O principal motivo para largar o emprego fixo é a busca por liberdade e flexibilidade.
Dos entrevistados, 92% disseram ter vontade de trabalhar de onde quiserem. Outros 87% admitiram que preferem fazer o próprio horário. Já para 69%, o principal atrativo do trabalho freelancer é permitir a escolha dos projetos que mais gostam.
O levantamento, encomendado pela empresa de trabalho on-line oDesk e pela consultoria Milennial Branding, foi feito pela Genesis Research Associates no último mês. Ao todo, foram ouvidos 3.193 profissionais freelancers em todo o mundo, entre eles quase dois mil jovens com idades entre 19 e 30 anos.